quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Editora tradicional vs editora sob demanda

E os autores, como ficam nessa história?


Foto: Anny Lucard

Quando o assunto é publicação de livros no Brasil, duas formas são as principais no mercado: as editoras tradicionais e as sob demanda. A editora tradicional não faz propriamente uma análise de qualidade, mas publica “o que é válido para seu selo”, como observa o consultor em publicações Marcelo Paschoalin, autor de ‘A Última Dama de Fogo’ e ‘Eriana - Filha da Morte e Vida’. Já a sob demanda é paga pelos autores para publicar, mas não trata-se de uma gráfica, pois ao se denominar editora, precisa disponibilizar o mínimo de qualidade em suas publicações.

Difícil para os autores é saber quem é quem em meio a tantas editoras novas, o que em alguns casos mistura publicações tradicionais e sob demanda. Algumas buscam se destacar em uma dada área ou mesmo na busca de autores com um diferencial, como é o caso da Editora Ornitorrinco, a qual foi fundada por Alícia Azevedo e Henrique de Lima, editores que são apaixonados por livros. “Queremos ficção histórica e não-ficção, queremos poesias e infantis, queremos acadêmicos e graphic novels. Queremos montar um catálogo variado e sempre surpreendente”, declaram Alícia e Henrique.

Quanto a qualidade das publicações tradicionais e sob demanda, os editores da Ornitorrinco declaram que não é uma tiragem tradicional ou sob demanda que vai influenciar o tipo de publicação. “A tiragem sob demanda facilitou em muito as publicações, principalmente de novos autores, tanto as boas quanto as ruins”, informa Henrique, se referindo aos autores que vieram de publicações independentes, como André Vianco e Eduardo Spohr, que se tornaram best-sellers a partir de publicações pagas do próprio bolso.

O professor  Dio Costa, pós-graduado em literatura brasileira e também poeta e músico, fala que as publicações possuem várias esferas e que refletem seu público que, por sua vez, espelha a qualidade, ou a falta dela. “Muitas das obras que surgem e que tem dominado o mercado demonstram uma preocupação maior com o público atual”, comenta. “Tais publicações atendem às expectativas da sua época, sendo uma mercadoria viável e vendável, aceita pelo público e, consequentemente, lucrativa. O que não quer dizer que não exista algo de clássico. Isso porque algumas obras atuais possuem o clássico nas entrelinhas", reflete.

Qualidade das publicações

“O bom livro é um paradoxo,” declara o professor com formação em Letras, Igor Ferreira. “Pode ser aquele que dialoga com o leitor, complementa seu universo, reflete seu mundo particular e psicológico, aquele que encanta.” Já Dio Costa afirma que dizer que os clássicos são ‘a verdadeira literatura’ é algo extremo, pois um clássico “nada mais é do que aquela obra já considerada antiga, mas que possui alguma característica reconhecida e aceita na atualidade”. O professor também destaca que podem servir de estudos para outras áreas, como a História, mas são os traços atemporais que mostram a força da obra.

Quanto à crítica especializada em uma determinada área da literatura ou em textos de um autor, o bom livro pode ser aquele que leva o leitor a compreender universos desconhecidos ao alçar mais que o idioma, seguindo a outro patamar de compreensão. “Gosto da expressão: Machado convence, mas não encanta. José de Alencar encanta, mas não convence. Ambos são geniais e grandes nomes da literatura do século XIX.”, comentou Igor.

Em relação à qualidade das publicações, quanto à fama das editoras sob demanda de publicarem “livro de qualidade inferior”, enquanto muitos livros de conteúdo duvidoso são publicados pelas grandes editoras tradicionais, só por serem de alguém famoso, Igor Ferreira, também formado em cinema e produtor teatral, fala que o mundo consumidor ainda precisa de um selo de aprovação, para consumir. “Isso não só acontece na literatura, mas também na música, no teatro, nos programas de televisão. Alguém precisa dizer que é bom e assinar em baixo”, afirma Igor.

Isso acontece por muitos precisarem seguir modelos e regras prontas, não por algo ser propriamente bom ou ruim. No entanto, a maioria dos críticos se limita a uma área e muitos ignoram o progresso das artes, a um ponto de enquadrar tudo nos padrões de seu limitado conhecimento, ignorando diferenças de estilos e gêneros. O resultado são críticas pobres e duvidosas, algumas até agressivas, pois o que não agrada o crítico passa a ser atacado, estigmatizado de forma pejorativa.

O escritor e editor Edson Rossatto, um dos fundadores da editora Andross, que publica somente antologias literárias com o objetivo de apoiar e divulgar principalmente os novos autores, declara:“  se um autor acredita no próprio trabalho deve batalhar por ele, pois não há ninguém melhor para bancar a própria publicação e buscar assim a atenção de editoras”, comenta.

E a qualidade, como fica?

Em relação à qualidade das publicações, Edson Rossatto fala que não depende da editora ser tradicional ou sob demanda. “O que acontece é que o tipo de publicação varia de acordo com quem é o dono do dinheiro: o editor ou o autor. Um editor avalia mais o risco do investimento, logo apostará em temas que possuem maior possibilidade de retorno financeiro. Consequentemente, poderá publicar sempre temas recorrentes. Já o autor poderá publicar histórias com maior variação e cair nas graças do sucesso, por publicar uma história inovadora, ou poderá fracassar, exatamente pelo motivo de publicar uma história improvável para o momento”, ressalta Edson.

O autor Richard Diegues, também editor, começou a escrever ainda na adolescência e sentia falta de editoras mais especializadas, no caso, em literatura fantástica. Por isso fundou a Tarja Editorial, que publica exclusivamente literatura fantástica. A editora é reconhecida em países de língua portuguesa, como Portugal, onde possui uma parceria com o Fantasporto (Festival Internacional de Cinema do Porto, com foco no cinema fantástico), O que gerou uma antologia.

A Tarja é tradicional, mas o autor e editor não vê problema em relação às sob demanda, pois começou como autor independente e isso rendeu-lhe bons frutos. “Obviamente eu aprovo esse tipo de trabalho, mas o autor tem que ter em mente dois pontos quando parte para a publicação: fazer isso por amor ao seu trabalho e saber que o livro é a primeira ponta do iceberg”, afirma.

Richard Diegues fala da importância de um texto passar por um corpo editorial, com uma boa leitura crítica, antes de ser entregue para o público, pois difere enormemente de um livro que não passa por um trabalho editorial. Porém ressaltar que o fato de um livro passar por uma editora, não quer dizer que tenha qualidade, porque tudo depende da dedicação de cada uma.

Em sumo, a editora da Ornitorrinco conclui bem a questão ao dizer, não só em relação ao tipo de publicação, mas quanto a questão do direcionamento de público: “Livros são livros e literatura é literatura. Cada livro tem seu propósito e seu público, não vejo razão para uma discriminação existir”, afirma Alícia Azevedo.

Matéria original do Jornal O Estado RJ - Cultura:


Texto original:
http://www.oestadorj.com.br/cultura/editora-tradicional-vs-editora-sob-demanda/

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Fantasticon do Brasil

Simpósio sobre literatura fantástica de língua portuguesa toma proporção internacional


Foto: Divulgação

Um exemplo de incentivo à leitura que funcionou e que deveria ser copiado em outras cidades brasileiras, é o que a Secretaria de Cultura de São Paulo fez em várias de suas bibliotecas, com as Bibliotecas Temáticas. A ideia é obra do editor Silvio Alexandre, que pôde apresentar sua proposta de um simpósio literário, o Fantasticon, para uma das bibliotecas da rede.
A proposta do Simpósio de Literatura Fantástica, que já acontecia dentro do Encontro Internacional de RPG (Role Playing Game) do Brasil, foi levada à direção da Biblioteca Viriato Corrêa em 2009, quando o evento de RPG foi cancelado. A escolha do local foi em função do projeto paulista das Bibliotecas Temáticas, onde algumas unidades do Sistema Municipal de Bibliotecas, além do acervo comum, ganhariam um outro, de conteúdo especializado e ambientação ligada a um tema, junto de uma programação com foco na temática da biblioteca em questão.
Com a aprovação da proposta para a Biblioteca Viriato Corrêa, que é uma Biblioteca Temática de Literatura Fantástica, aconteceu em 2009 o III Simpósio de Literatura Fantástica que, "nos anos seguintes, passou a fazer parte da programação oficial da Secretaria de Cultura”, comenta o idealizador.
O simpósio, que esse ano acontece nos dias 15, 16, 22 e 23 de setembro, virou um evento nacional graças à sugestão do publicitário Tiago Castro, que conheceu Silvio Alexandre no Fantasticon BR 2009, para divulgar o evento na internet. A ideia deu origem a um site oficial, mas “as ações foram um pouco tímidas naquele ano, mas no ano seguinte conseguimos fazer um grande barulho na internet”, comenta Tiago Castro, que atualmente faz parte da organização.

Literatura Fantástica para todos os gostos
 

Quanto ao tipo de publicações e autores,no simpósio do Brasil-que diferente da versão dinamarquesa, que apenas por coincidência também se chama Fantasticon- não há foco só na ficção científica, também tem espaço para fantasia e terror. Tiago Castro fala que “o evento é voltado para a literatura fantástica em todas as suas manifestações, ou seja, a ficção científica, fantasia e também o terror, além de seus subgêneros”.
Sempre há presença de autores de literatura fantástica nas edições e uma grande variedade de conteúdo, que a cada ano, faz várias editoras, tanto paulistas como de outros estados, marcarem lançamentos durante o simpósio. É o caso da Editora Estronho, de Belo Horizonte, que lançará por seu Selo Fantas, o livro ‘A Maldição do Cavaleiro’ do autor paulista Adriano Siqueira, conhecido por seu trabalho de contista e apoio a literatura fantástica nacional, que sempre participa do simpósio.
A escolha das editoras por lançamentos justamente no Fantasticon visa divulgar melhor os trabalhos de literatura fantástica, junto aos leitores que atualmente são de vários estados, inclusive do Rio de Janeiro, graças a divulgação via internet.
A nacionalização do simpósio também inclui participações de autores de várias partes do país, como foi o caso da autora Nazarethe Fonseca, da série literária vampiresca ‘Alma e Sangue’, que mora em Natal, no Rio Grande do Norte. A autora informou sua participação em duas edições do Fantasticon como convidada e em ambas as ocasiões, estava lançado livros de sua série. Isso porque o simpósio já virou marca registrada no calendário anual de quem trabalha com literatura. “É uma ponte valiosa que liga o público ao escritor, revela talentos e incentiva a literatura e escritores”, comenta.
A proporção tomada só reafirma a proposta inicial de Silvio Alexandre de incentivar e enriquecer o estudo sobre a Literatura Fantástica no Brasil. No Fantasticon anualmente há palestras, mesas-redondas, oficinas, exposições e mostras de filmes. Junto há lançamentos e sessões de autógrafos. “Tudo isso com muita confraternização entre o público e os palestrantes” comenta Silvio Alexandre.

Onde independentes e editoras se encontram

Quanto ao tipo de publicação, o simpósio está aberto a todos, das editoras tradicionais aos autores independentes. "Não há discriminação, inclusive a cada edição há um ´Encontro com os Autores´, onde os escritores conversam com o público que está presente e fazem uma sessão de autógrafos”, afirma Silvio.
Tiago Castro comenta da diversificação das fontes dentro da Literatura Fantástica, com a participação do autor de quadrinhos Roctávio de Castro junto dos autores do game Taikodom, enquanto duas edições tiveram a participação de Tiago Santiago, autor da novela brasileira ‘Os Mutantes’.
Mesmo que grande parte do foco no Fantasticon seja nos autores nacionais, a organização afirma que autores tanto de língua portuguesa como de outras, são convidados a participar do simpósio. Silvio Alexandre comentou que o foco é a Literatura Fantástica de língua portuguesa, mas todas as manifestações do gênero são aceitas.
No ano anterior, em 2011, o escritor e historiador mexicano Miguel Ángel Fernádez participou como convidado internacional, para falar da Literatura Fantástica latino-americana e da ficção científica mexicana. “Este ano, teremos uma palestra com o professor Flávio Vassoler falando sobre o fantástico na obra do escritor tcheco Franz Kafka”, comenta. Na programação também há interessantes oficinas, como a de Construção de Universos Fantásticos, com os autores F. Medina, Leandro Reis e Douglas MCT.
Tiago Castro lembra que na edição 2011, também ocorreu uma palestra virtual, ao vivo da Inglaterra, com James Mcsill, consultor literário internacional e representante de autores. Além da presença do autor norte americano Christopher Kastensmidt. "Ele foi finalista do prêmio Nebula, um dos maiores prêmios da literatura fantástica mundial. Hoje ele mora no Brasil e participa desde 2010 do evento.”
Silvio Alexander definiu a diversidade, ao falar sobre ter adotado o termo simpósio ao evento>“está relacionada ao livro ‘Symposion’ (O Banquete), de Platão, que apresenta diversos oradores discursando sobre Eros, divindade da mitologia grega que representa o Amor”. Isso porque Platão via o Amor como um intermediário entre os deuses e os homens, “cuja principal função é criar a virtude, sendo que a mais alta das virtudes é o saber”,finaliza.

Matéria original do Jornal O Estado RJ - Cultura:


Texto original:
http://oestadorj.com.br/?pg=noticia&id=10623&editoria=Cultura&tipoEditoria

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O fenômeno dos autores independentes

A nova tendência da literatura nacional
Foto: Anny Lucard
 Faz algumas décadas, com o aumento nas publicações de vários gêneros, especialmente com a entrada cada vez maior de mulheres no mercado editorial(antes lugar praticamente exclusivo de homens) que alguns conceitos começam a ser revistos e uma tendência surgiu, os autores independentes. Esse nicho de mercado, nos últimos anos, começou a despertar o interesse de leitores e a chamar a atenção de editoras tradicionais.Nas edições anteriores da Bienal do Livro do Rio de Janeiro e também na de São Paulo, o aumento gradativo das publicações independentes mostram que não são uma moda temporária. Desde a década passada, aqui no Brasil, vários autores nacionais agora conhecidos pelos leitores, afirmam que começaram com publicações independentes. É o caso de Giulia Moon, autora da série de literatura fantástica, ´Kaori´, que iniciou a carreira de escritora como contista, ao publicar a coletânea ´Luar de Vampiros´ por conta própria. Hoje os exemplares do livro são procurados como artigo raro por fãs.Vivianne Fair, autora dos romances, contos e quadrinhos de ´A Caçadora´ e ´O Caçado´, explica que dificilmente editoras dão oportunidade para os novos escritores, principalmente quem não é famoso, pois não querem se arriscar. “Infelizmente os autores independentes tem que investir no livro e ele acaba saindo caro, coisa que não acontece com editoras que podem diminuir o preço”, explica. “É muito difícil competir com livros baratos e famosos.” A autora também lamenta que muitos ainda pensem que não conseguir uma editora tradicional significa que o livro é ruim. “É triste isso, porque já li livros independentes que são maravilhosos.”

            Tanto é verdade que os bons autores independentes começam a ser aceitos em editoras tradicionais, que investem nos novos talentos nacionais, como é o caso da Editora Draco, chefiada por Erick Santos Cardoso. O editor revela que uma das missões da Draco é a busca por autores com o talento de Vivianne Fair, a qual terá sua trilogia ´A Caçadora´ relançada pela editora. “São pessoas que têm histórias para contar, mas ou não tiveram oportunidade em um selo tradicional, ou preferiram bancar diretamente essa primeira publicação”, explica.

E como divulgar as publicações independentes?

A autora e também desenhista, Vivianne Fair, comenta sobre uma outra tendência que surgiu junto com os autores independentes e que atualmente ajuda não só na divulgação dos mesmos, mas no incentivo à leitura e apoio aos autores nacionais, os blogs literários. No entanto, além da ajuda de vários blogueiros e de seu próprio blog, que virou o site oficial de divulgação de suas histórias, a autora também produz vários produtos inspirados em suas criações. “Ajuda em minha divulgação ao mesmo tempo em que amo demais ilustrar e criar produtos diversos com as histórias”, comenta.O escritor e consultor em publicações, Marcelo Paschoalin, fala que ser um autor independente tem algumas vantagens, como o maior controle de sua produção literária. Porém, isso resulta num desgaste maior, pois o controle significa também que não ficará só com a parte de escrever e autografar. Tem que saber o que quer e encarar a jornada, porque o trabalho solitário não é para qualquer um. “Tenho os contatos necessários para produzir um livro de qualidade.A decisão de seguir sozinho, depois de colocados os custos no papel, tornou-se a mais adequada”, revela. 


Quanto à questão de não ter a aprovação de uma editora tradicional, em relação a qualidade editorial do trabalho, Marcelo Paschoalin destaca o fato de diariamente chegarem originais em diversas editoras. “Cada editora possui um limite de publicações que pode fazer no ano, muitas vezes por razões puramente financeiras,” explica. “Muitos originais são descartados sem serem sequer lidos, não há um julgamento da ´qualidade literária´, mas da possibilidade de investimento editorial.”  Na opinião de Marcelo Paschoalin, além do bom texto, o sucesso dos autores independentes, depende de conhecimento do mercado e de contatos. “Não é à toa que vemos histórias de grandes best-sellers que foram rejeitados dúzias de vezes antes de serem publicados e se tornarem sucessos de público.” O autor também destaca que ainda acredita que o leitor compre um livro pelo marketing investido na publicação. E só então o conteúdo é avaliado. “É uma questão simples: se o leitor não sabe que o livro existe, não comprará.” 

Feiras literárias ainda são um bom investimento


No Brasil, feiras literárias e bienais do livro passaram a ser vistas como uma das formas mais eficazes dos leitores conhecerem as publicações de autores independentes, os quais conseguem uma divulgação um pouco mais equilibrada de suas obras, em relação aos títulos de editoras tradicionais. “Uma vez que o leitor pode ter contato com todas as obras, independentes ou não, o selo editorial deixa de ter o peso que tinha: o conteúdo se torna o principal fator”, comenta Marcelo Paschoalin.

O investimento de participar de um evento literário é grande, mas atualmente tanto autores como as editoras, que antes se limitavam a ter os livros divulgados em uma ou outra feira/bienal, buscam participar de vários, como é o caso do livro das autoras Roberta Spindler e Oriana Comesanha, ´Contos de Meigan´ que, após divulgação na 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que aconteceu em agosto, estará na XVI Feira Pan-Amazônica do Livro de Belém no Pará, que acontece em setembro. O editor Erick Santos Cardoso também confirma a tendência ao expor as publicações impressas da Draco, que também publica eBooks, junto aos parceiros na bienal paulista. “As feiras são exposições, locais para mostrarmos o nosso trabalho a quem não nos conhece ou receber quem nos procura”, comenta.

A ideia que não há uma ditadura em relação ao livro bom, precisar de um selo de editora tradicional, é só um dos novos conceitos que surgiram “leitor que queira narrativas mais envolventes e livros de melhor qualidade permite que nós, autores, cresçamos e tenhamos de nos adaptar a isso. O ofício de um escritor é também um aprendizado constante”, conclui Marcelo Paschoalin.

Matéria original do Jornal O Estado RJ - Cultura:




Texto original:
http://oestadorj.com.br/?pg=noticia&id=10595&editoria=Cultura&tipoEditoria